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Diferença entre sal para gado: qual oferecer na seca e nas águas

O sal é a parte básica da pecuária com alto desempenho. Por repor nutrientes fundamentais para o funcionamento do organismo do gado, o sal merece planejamento em todas as épocas do ano. Mas com a variação climática entre as estações que favorece ou não a oferta de pasto, será que devemos oferecer o mesmo sal o ano todo? Existe diferença entre sal para gado, aquele que deve ser oferecido na seca e nas águas. Se você oferece o mesmo todo ano, esse conteúdo é para você!

 

Diferença entre sal para gado 

Existem dois tipos ideais de sal para oferecer para o gado: o sal mineral e o sal proteinado. Cada um tem seu objetivo e são fundamentais para a garantia de um bom desempenho.  Não importa o tipo de sal, ele precisa ser oferecido em todas as épocas do ano para repor o que não é oferecido pelo pasto e no caso de gado confinado, repor os elementos nutricionais não encontrados na ração e silagem.

Por meio do sal, o gado consome os micro e macrominerais fundamentais para manter os animais protegidos contra doenças e fortalecidos para que, ao ficarem livres de doenças, ganham peso e aumentam a energia.

O oferecimento de ambos tipos de sal é muito simples, feito diretamente do cocho. O único trabalho que o produtor rural tem é acompanhar o consumo para checar como está a aceitação. caso esteja abaixo do recomendado, é possível reverter o quadro com simples atitudes. Algumas delas, você aprende aqui mesmo:

Sal mineral nas águas 

O sal mineral é composto por macro e microminerais. Cada um deles tem uma função específica que juntos, promovem proteção contra doenças e potencializam o desenvolvimento do bovino em cada fase. Com isso, indicamos que o uso do sal mineral deve começar ainda na cria.

Os macrominerais essenciais para o funcionamento do organismo do gado são: cálcio, fósforo, magnésio, sódio, enxofre, potássio e cloro.  E os microminerais: ferro, zinco, cobre, iodo silício, entre outros. Todos eles são oferecidos de forma prática, diretamente no cocho, encontrados no sal mineral.

Os minerais, na época das águas, são mais escassos. Na verdade, a deficiência deles no pasto acontece durante todo o ano, por isso, o planejamento de oferta de sal para uma propriedade que deseja crescer a cada ano e evitar prejuízo, é ter sal durante os 12 meses no cocho. 

E mesmo que seu pasto seja de alta qualidade e nutritivo, há sempre algum desses elementos que não é consumido em quantidade suficiente para garantir a produtividade. Você pode saber quais as deficiências da sua pastagem, a partir de uma análise de solo, que indicará a quantidade de cada um dos elementos.

Se você se pergunta se é possível fazer sal mineral na propriedade, te respondemos agora: você pode sim produzir seu próprio sal. Clique na figura abaixo e receba grátis o passo a passo:

 


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Sal proteinado na seca 

O sal proteinado precisa ser oferecido na seca para o gado. A principal justificativa não é substituir o pasto, mas sim, fazer com o que o desempenho não caia, já que sem a pastagem, o gado não consome os nutrientes essenciais para manter o desempenho.

O motivo para uso do sal proteinado na seca é a seguinte: não há pasto disponível, que é a principal fonte de proteína para o gado. Sem as proteínas, todo o desempenho cai, já que o organismo do gado não tem condições de trabalhar direito. Por isso, o sal proteinado, que nada mais é que o sal mineral enriquecido com proteínas, precisa fazer parte da sua pecuária como forma de proteção não apenas à saúde dos animais, mas do seu lucro também.

Infelizmente, entre maio e outubro, muitos produtores sentem uma queda muito grande na produtividade pela falta de pasto. A deficiência de proteínas e energia limita as funções de crescimento, reprodução e no caso de matrizes e gado leiteiro, a produção de leite.

Por que utilizar sal proteinado com ureia na seca? 

Já justificamos o uso do sal proteinado acima e quando aliado à ureia, potencializa os resultados esperados para a seca. Se a sua meta era apenas passar por essa fase sem perder arroba, passe a incluir a ureia no seu planejamento anual. O ganho de peso progressivo também acontece na época sem chuvas, porque sim, é possível sair da seca com gado mais pesado.

Uma das estratégias para se ter esse resultado é a ureia. Fonte de nitrogênio de baixo custo, a ureia aumenta o consumo do pasto seco, aumentando a energia e em consequência o peso.

Existe um medo muito grande de parte dos pecuaristas que acabam não usufruindo dos benefícios que a ureia proporciona: a intoxicação. Afinal, é muito comum ter um conhecido que perdeu cabeças de gado e que ficou no prejuízo ao fim da temporada. Entretanto, quando utilizada seguindo à risca as orientações, é possível chegar na entressafra com gado na fase da terminação pronto para ser comercializado. E as demais fases, cria e cria, com condições físicas adequadas para seguir ganhando peso e não recuperando o que perdeu pela falta de pasto.

A partir disso, passe a inserir a ureia com sal proteinado na seca. Basta seguir os cuidados necessários e monitorar o comportamento do gado. Dessa forma, você elimina os riscos de intoxicação e aumenta e muito a produtividade do rebanho.

Referência

Sal mineral com ureia para bovinos na época seca. Comunicado Técnico Embrapa. ISSN – 0100 – 7033

Sal mineral deve ser dado para os bovinos o ano todo.

Foto de capa: Campo Fácil

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