Já que a base alimentar do gado é a pasto, as plantas forrageiras fazem parte do processo de engorda, não é mesmo?
Então, a Boi Saúde não poderia deixar de abordar esse tema aqui no nosso blog.
Se você é produtor e produtora rural e deseja melhorar sua produtividade, sejam muito bem-vindos! Agora, caso esteja pesquisando e começando na pecuária, te desejamos que toda informação encontrada aqui te traga muito sucesso!
As plantas forrageiras são a fonte alimentar dos animais. Sejam bovinos, equinos e outras espécies. Podem ser consumidas no pasto. Ou em formatos como silagem ou feno.
Plantas forrageiras na pecuária
Por que alimentar o gado com plantas forrageiras?
Bom, já indicamos que nosso sistema principal de criação de gado é a pasto. Portanto, a engorda é feita baseada no consumo dessas plantas.
É um meio barato que garante alimento em boa parte do ano.
Para que o resultado seja realmente expressivo, ou seja, que no momento de comercialização, o gado tenha atingido o peso esperado, não basta escolher a espécie mais adequada.
Assim como o gado precisa de cuidados diários, as plantas forrageiras também exigem um manejo.
Espécies disponíveis e a escolha
No Brasil, por ser um país tropical e com solo considerado fértil, temos várias espécies de forrageiras. Além disso, temos alguns modelos desenvolvidos em laboratórios por instituições de referência como a Embrapa.
Cada uma tem adaptação a condições climáticas. E ainda, foco na criação de gado de corte e gado de leite.
Se ficar em dúvida em mais de uma espécie, faça consórcio. Essa mistura de duas forrageiras têm bons resultados. Mas fique atento às combinações. Se puder, consulte um zootecnista para te orientar melhor.
Não vamos te deixar na mão, caso esteja em busca de características de forrageiras.
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Manejo
Qualidade das forrageiras
A qualidade das forrageiras dependem de algumas influências. Entre elas, está fertilidade, manejo, condições climáticas, número de animais por lote. Enfim, não basta apenas soltar o gado naquele espaço.
Os nutrientes fornecidos também precisam ser estudados. Os que forem deficientes, reponha no cocho com aditivos e suplementos.
Dessa forma, insira no dia a dia, o sal mineral nas águas. O sal proteinado na seca, assim como a ureia. Não esqueça da virginiamicina que proporciona o aumento do peso, a partir da absorção de nutrientes.
Para fazer seu próprio sal, não deixe de clicar: Como fazer sal proteinado para o gado: a receita.
Se estiver se perguntando como saberá quais são os nutrientes faltam na sua pastagem, uma análise de solo dará a resposta. Procure o serviço nas secretarias de agricultura locais (municipal e estadual) ou até mesmo empresas particulares. O importante é ter o resultado. E partir dali, reforçar a suplementação.
Plantas invasoras
Querendo ou não, elas competem com as forrageiras tudo o que é necessário para um crescimento saudável.
O ideal é evitar o crescimento. Mas caso se depare com essa praga no seu pasto, planeje logo a retirada.
Quando não retiradas logo no início, podem tomar o pasto. Como resultado, tornando a área degradada.
E pasto degradado, não engorda o boi.
Insetos
Outro problema que deve ser mantido longe da porteira.
As cigarrinhas e os cupins são alguns exemplos.
Assim como as plantas invasoras, a cigarrinha suga todos os nutrientes. Além de liberar toxinas que evitam que o gado cresça de forma saudável. A recuperação é longa, por isso, a melhor dica é evitá-la.
Ainda temos os cupins. Ao passar por pastos, infelizmente, a presença dos cupins passou a ser comum. São vistos a longas distâncias. Atrapalham os bovinos e também o manejo.
Complete o conteúdo e previna e resolva esses dois problemas no seu pasto:
Taxa de lotação
Colocar mais animais do que o espaço comporta não é legal. O consumo total das plantas forrageiras pode acontecer, sem condições de rebrota.
No período das chuvas, quando há mais forragem, o número pode ser maior, quando na seca. Entretanto, não ultrapasse o número de 100 animais por lote.
Cada espécie tem indicações próprias. Porém, fique atento à altura de entrada e saída do pasto. Dê condições para que essa planta se recupere. Para isso, você pode manter um manejo a base de adubos e fertilizantes.
Plantas forrageiras no período da seca
Manter o pasto saudável na época das águas é tranquilo. Basta seguir as orientações acima. Mas quando não chove e a falta de água não faz o pasto crescer?
Existem algumas estratégias que podem evitar que o pasto fique seco. Uma delas é a irrigação. Hoje, vários métodos estão disponíveis. A instalação é feita de acordo com o investimento disponível, área e também acesso à agua que a propriedade tem.
Como resultado, o pasto ficará verde o ano todo.
No entanto, se essa opção não cabe no momento, o pastejo rotacionado cai muito bem. Se quiser saber como implementá-lo, clique: Pastejo rotacionado atinge ápice nutricional do capim.
A silagem é outra forma de oferecer as plantas forrageiras mesmo que na seca. Fazendo a preparação ainda nas águas e deixando-a em estoque, terá esse alimento no cocho.
Então, essa dica te ajudou a responder algumas dúvidas? Esperamos que sim. Caso ainda tenha alguma dúvida, deixe nos comentários. Iremos respondê-la em breve.
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Referência:
Fisiologia e manejo de plantas forrageiras. / Newton de Lucena Costa… [et al…]. – Porto Velho: Embrapa Rondonia, 2004. 27 p. (Documentos / Embrapa Rondonia, ISSN 0103-9865 ; 85).