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Quando se preparar para a época de seca?

A seca é um período desafiador para a pecuária em todos os aspectos. Mais que manter a engorda em crescimento, de acordo com a estratégia da propriedade, é preciso evitar que os bovinos percam peso. Isso não é apenas questão de mercado, mas também de saúde animal. Para garantir bons resultados e evitar prejuízos, nada melhor que se preparar meses que antecedem a essa época. E indo além, quando o produtor deve começar a se preparar para a época de seca?

Alguns aspectos podem ser decisivos no momento da seca. Mais que garantir pasto, o que é oferecido no cocho, além das forrageiras, pode potencializar toda a expectativa em relação aos planos comerciais e quem sabe, ter animais adequados para a época da entressafra.

Nesta dica, vamos te orientar sobre como se preparar para a seca e passar por esse período da melhor forma possível. E sim, amigo produtor, é possível aumentar a arroba, não importa o seu método de produção (pasto/semi-confinamento/confinamento) e fase (cria/recria/engorda).

 

Quando se preparar para a época de seca?

 

A propriedade pode começar a se preparar cinco meses antes da seca. A falta de água que castiga o pasto é o principal fator. E como a pastagem é a fonte primária de engorda e nutrição do gado, o ideal é oferecer, mesmo que no cocho, as forrageiras. Existem diversas formas que você pode se adequar, de acordo com a estrutura da propriedade e também com o quanto é possível investir.

Esse período de cinco meses que antecede a seca, se estende desde as propriedades que querem instalar a irrigação no pasto até que os desejam fazer a vedação. A irrigação é importante fazer o quanto antes para manter a continuidade de rebrota e índice nutricional do pasto. Já a vedação pode ser feita em abril e a abertura realizada em junho.

Para se programar melhor, a Boi Saúde preparou dicas com cada sugestão e que podem te ajudar a enfrentar a seca e ter pasto em todo o período:

 

época de seca
Se preparar para a seca possibilita ter bons resultados na entressafra. – Foto: Nelore Modelo

E no cocho, o que oferecer além da forrageira?

 

Quando se trata de ração, muitas são as sugestões. Grãos são uma boa pedida, desde inteiros até em farelos. Se o produtor tiver condições, mão de obra e espaço suficientes, pode até fazer a produção desses alimentos na própria propriedade. Milho, soja, sorgo e até cana, são boas opções e com custo viável. Como o valor pode variar de acordo com safra e região, o plantio garante uma boa economia. Os vários tipos de farelo são complementos que ajudam a manter o gado alimentado: Tipos de farelo para o gado. 

Com esse plantio, o produtor pode adotar a ILP. A Integração Lavoura Pecuária só traz benefícios para o negócio: economia, alta produtividade, maior ganho de arrobas e preservação do meio ambiente. Ficou em dúvida? Acesse a dica: ILPF aumenta a arroba do gado? Descubra. 

 

Cuidado com o equilíbrio da ração 

 

O produtor pode oferecer uma alimentação equilibrada entre concentrado e volumoso. Por mais que os alimentos concentrados proporcionem uma engorda mais rápida e expressiva pelo alto índice de energia, não podem ser oferecidos sozinhos no cocho. Por isso que ter esse equilíbrio com alimentos ricos em fibras é importante. Um dos problemas da dietas de alta energia é a acidose ruminal, que atinge principalmente o gado confinado. Mas temos também a laminite e o timpanismo.

Uma das formas de prevenção da acidose é incluir a virginiamicina no cocho. Esse aditivo permite que o gado absorva os nutrientes de toda a alimentação consumida e também atua diretamente no pH ruminal, alterando-o de forma a evitar que os problemas de saúde citados acima sejam desenvolvidos. Se você ainda não conhece esse suplemento e os benefícios, te indicamos a leitura: Criação de gado de corte: efeitos da virginiamicina e monensina.

 

Sal e ureia no cocho na época de seca

 

O oferecimento do sal deve ser feito o ano todo. Não apenas na época de seca. Uma dúvida muito frequente que a Boi Saúde recebe dos leitores é a diferença entre o sal oferecido nas águas e o oferecido durante a estiagem. A diferença está em uma única palavra: ureia.

A ureia é um elemento essencial para manter a engorda em dia e suprir toda a falta de pasto que o período proporciona. Mesmo que sua propriedade tenha a habilidade de se preparar e implementar as ações indicadas no início do texto, não deixe a ureia de lado. Confira algumas informações importantes quanto ao uso:

  • Utilize apenas a ureia pecuária. As demais podem causar problemas de saúde e não são apropriadas para o consumo animal;
  • Ao decidir oferecer aos animais, faça cobertura no cocho. Por mais que na seca, as chances de chuvas sejam menores, é bom se precaver e evitar que o gado a consuma com acúmulo de água, o que causa intoxicação e pode levar o bovino à morte;
  • Fique muito atento quanto a dosagem. O ideal é oferecer 49 gramas de ureia para cada 100 quilos de peso do animal por dia.
  • Os cuidados com o armazenamento devem ser seguidos à risca também. Saiba mais: Ureia para bovinos: cuidados no uso e armazenamento.

 

Vamos em frente, amigo produtor! 

Lendo-as parecem que são dicas complexas. Mas te garantimos, amigo produtor, que com planejamento adequado, é possível implementar todas elas e sair da seca sem prejuízos, pelo contrário, com uma boa engorda. Te desejamos uma ótima lida. Além de muito sucesso na sua propriedade.

 
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