A seca sempre chega, mais cedo ou mais tarde. O mais importante é o que você vai fazer para reduzir os danos da falta de pasto e ainda, manter o gado engordando. Quando o resultado contrário a esse acontece, com o gado perdendo peso, significa que erros estão sendo executados na propriedade. E essa situação proporciona prejuízo financeiro, que dependendo do impacto, pode quebrar a propriedade. Para que você não passe por essa situação, confira aqui quais são os cinco piores erros na seca que propriedades que criam gado mais cometem.
Os 5 piores erros na seca que propriedades que criam gado mais cometem
1 – Não saber o que dar para o gado
A seca sempre chega, alguns anos mais cedo, outros anos mais tarde, mas ela não falha. E como é um fenômeno climático que acontece todo o ano e tem longa duração, um dos piores erros da seca é não planejar a alimentação do gado.
Amigo produtor, você pode dar qualquer desculpa, mas é possível fazer um estoque de alimentação para a seca durante as águas. Inclusive, essa é uma das formas mais baratas, práticas e que evita muita dor de cabeça por você não ter que sair correndo de última hora buscando alimentação.
Você pode aproveitar o pasto abundante e fazer silagem ou ir preparando ração aos poucos. O importante é ter um estoque suficiente para os primeiros meses da seca e ir acompanhando o desempenho, conforme os meses passam.
E não esqueça que cada fase demanda de um tipo de ração diferente para atender as necessidades nutricionais de cada uma delas:
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2 – Não acompanhar o desempenho desde o início
Ao longo da leitura, você vai perceber que um erro puxa o outro. Por exemplo, quando você não acompanha o desempenho do gado, não tem como saber se a alimentação oferecida no cocho durante a seca está, mais que alimentando, proporcionando a engorda do gado.
E se você precisa pensar com o que vai abastecer o cocho diariamente, não tem tempo de estudar e avaliar como está o ganho de arrobas. A estratégia de avaliar o desempenho ao longo da seca pode simplesmente salvar seu negócio. Afinal, se nas primeiras semanas sem pasto, você sentir que, ou o gado não ganha peso ou, pior, está perdendo arroba, poderá replanejar toda a nutrição, potencializando com aditivos, como a virginiamicina, e salvar a sua propriedade a tempo.
3 – Oferecer a mesma dieta das águas
Nas águas, a oferta de proteína pelo pasto é muito maior, quando comparado com a seca. Durante a estiagem, a quantidade de proteína cai drasticamente.
Se no ambiente, o gado não encontra fontes de proteína como o pasto, um dos piores erros da seca é não abastecer o cocho com sal proteinado. Muito mais que oferecer uma dieta diferente, a suplementação também precisa ser outra, diferente da ofertada nas águas.
E para realmente sair da temporada sem chuvas com mais arrobas do que entrou, adicione a ureia e prepare-se para viver uma seca sem prejuízos, apenas com os ganhos esperados. Se for o Total Ureia Premium, que dispensa adaptação e pode ser consumida mesmo molhada, melhor ainda.
4 – Descuidar do básico, como água e saúde do gado
Na seca, algumas regiões passam por longos períodos sem chuva, provocando um clima quente e seco. E descuidar do oferecimento de água, mesmo que a temperatura seja mais amena, quando comparada com o verão, acaba sendo um erro grave.
A água é fundamental para manter o organismo do gado em funcionamento. Sem contar que a hidratação é um dos principais fatores para a engorda. Não importa oferecer nutrição e ração no cocho, se você peca não só na quantidade e qualidade da água oferecida. Por isso, não descuide dos bebedouros na seca.
A saúde do gado é outro ponto que merece atenção. Pela falta de chuvas, a poeira é maior, tornando os problemas respiratórios um ponto de atenção importante, incluindo a pneumonia.
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5 – Não repor as proteínas no cocho
As proteínas são fundamentais para manter o organismo do gado em funcionamento. De acordo com a Embrapa, o gado necessita consumir 6% de proteína por dia para chegar a um desempenho satisfatório. Nas águas, com o pasto verde e saudável, esse índice pode chegar a 8%, mas na seca, a situação muda. Alcançar esses 6% sem pasto disponível fica bem difícil, por isso, não fazer essa reposição no cocho, acaba sendo um grande erro.
Mais que perda de peso, o consumo de proteínas abaixo do indicado traz outros prejuízos. Um deles, é a recuperação mais lenta das vacas de cria para a próxima estação de monta, além da queda na produção de leite. Se você trabalha também com essa produção, o cuidado precisa ser redobrado.
Para se evitar o efeito boi sanfona, mais que oferecer o sal proteinado com a ureia, uma ração que tenha a proteína como elemento principal, garante que a engorda seja contínua, mesmo que a propriedade não tenha pasto disponível.
Uma alternativa barata e que tem bom índice de proteína é a ração que tem o arroz como base. Além de ser uma boa opção para a seca pela taxa de proteína, o custo é baixo, quando comparado com outros grãos. E claro que não vamos te deixar na mão. Você aprende como fazer aqui mesmo, basta clicar no link: Ração para gado barata: como preparar?
Foto da capa: Boa Sorte Confinamento