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Ácido láctico afeta a exigência nutricional de vacas de leite?

Muito se fala do ácido láctico, mas será que ele é mocinho ou vilão na nossa pecuária? Aqui, vamos entender o impacto desse tipo de ácido na exigência nutricional de vacas de leite e saber as consequências na saúde do gado.

O gado que consome ração com alta quantidade de energia estão sujeitos a ter um nível de ácido láctico. Entre esses alimentos estão aveia, amido e sorgo.

Quando em doses exageradas, causa a acidose ruminal. Por isso, o desequilíbrio desse ácido não é bom para o gado, pois causa uma série de consequências na saúde.

A acidose ruminal causa tanto impacto na pecuária que está entre o segundo maior problema enfrentado pelos pecuaristas adeptos do confinamento. Está atrás apenas de problemas respiratórios.

 

Qual o resultado na exigência nutricional de vacas de leite? 

 

O ácido láctico é o resultado final da fermentação de bactérias que utilizam carboidratos como fonte de energia. A população microbiana de bactérias responsáveis é a Lactobacillaceae. Isso tudo afeta o pH Ruminal.

O resultado? A engorda esperada não é atingida. Mesmo com boa quantidade de ração produzida com ingredientes da melhor qualidade, se a fermentação do rúmen está em desequilíbrio pelo excesso de energia, o investimento pode ser em vão.

Se está se perguntando, então, como engordar o gado, já que ao oferecer alimentos ricos em energia causam o ácido láctico, sendo que eles são necessários para o ganho de peso?

Essa pode ser uma preocupação ainda maior para produtores que atuam com o confinamento, já que geralmente a dieta é baseada em grãos e com pouco ou nenhum oferecimento de pastagem.

Se você ainda não sabe os impactos do pH ruminal, não deixe de conferir: O que é PH Ruminal.

 

Evite o ácido láctico com aditivos no cocho

 

O produtor não precisa suspender dietas com alto teor de energia, principalmente na fase da terminação. Ainda mais se for adepto do Boi 777.

Se desconhece esse método de engorda de sete arrobas em cada fase do manejo, acesse a dica: Boi 777: saiba o que é e como implementá-lo. 

Sabemos que na fase final, conquistar peso e uma qualidade da carcaça com teor de gordura esperado pelo mercado é desafiador, porém, possível.

E só com ração no cocho fica impossível conquistar bons resultados. Como você aprendeu acima, o organismo do próprio bovino cria um mecanismo a partir do alto consumo de energia.

E cabe ao produtor implementar medidas que reduzam esse impacto e não impeça que os resultados sejam conquistados. Isso, sem contar com o bem-estar animal.

Alto índice de ácido láctico causa acidose ruminal, que causa desidratação, falta de apetite e apatia. Essas consequências podem ser prevenidas e ainda potencializar o ganho de peso. Como? Inserindo aditivos no cocho.

Para saber mais sobre a acidose, acesse a dica: Acidose ruminal é evitada com simples ações na nutrição.

 

Ácido láctico e a exigência nutricional de vacas de leite
Ácido láctico e a exigência nutricional de vacas de leite – Foto: Pixabay

Monitore o consumo para a exigência nutricional de vacas de leite

 

De fácil uso, que não irá atribular sua rotina com mais uma atividade pesada, basta inserir o aditivo escolhido no cocho, de acordo com a quantidade indicada pelo fabricante. E algo muito importante: monitorar o consumo por meio da leitura do escore do cocho. Se você ainda não implementa esse processo na sua propriedade, pode começar agora: Como medir o escore de cocho?. 

Antes de prosseguir, vamos explicar o que é aditivo. Os aditivos são suplementos alimentares que contribuem na melhoria do desempenho dos animais em crescimento e fase de terminação.

E não para por aí. Podem também melhorar a conversão alimentar e/ou produção. No caso de gado de corte, com ganho de peso e no caso de gado leiteiro, aumento de leite.

Outro benefício é a alteração da fermentação ruminal, ou seja, tudo a ver com a nossa conversa sobre ácido láctico, não é mesmo?

 

Qual aditivo oferecer com foco na prevenção do ácido láctico? 

 

Um dos aditivos oferecidos no cocho e que tem bons resultados comprovados por meio de estudo na prevenção da acidose ruminal é a virginiamicina.

Esse aditivo manipula a fermentação ruminal e com isso, aumenta a eficiência da digestão e absorção dos nutrientes. E mais:

  • Auxilia na produção de mais carcaça;
  • Garante uma saúde ruminal adequada por meio da manipulação da fermentação;
  • Concentra  o ácido láctico no rúmen em dietas de alta energia;
  • A virginiamicina é ativa contra as bactérias que produzem o ácido láctico. Com isso, preveni os níveis prejudiciais no rúmen;
  • Controla o crescimento de microrganismos envolvidos no processo da acidose e do abscesso de fígado.

 

Oferecimento no cocho 

 

O uso, conforme citamos acima, não demanda um manejo muito difícil. Basta oferecer a dosagem recomendada e monitorar o consumo. Geralmente, a quantidade indicada é 0,5kg do produto em 25kg de sal mineral e fornecer o produto final após a mistura à vontade dos animais.

E foque sempre no uso de um cocho adequado que atenda as demandas do rebanho.

Caso precise de uma força para a sua terminação, confira uma dica importante sobre alimentação para essa fase: Terminação a pasto a base de grãos. 

Complemente o conteúdo. Confira mais dicas sobre pecuária leiteira:

 

Referência: 

Confinamento de bovinos de corte. Boletim Técnico  Phibro Animal Health Corporation.

Nicodemo. Maria Luiza Franceschi Uso de aditivos na dieta de bovinos de corte I Maria Luiza Franceschi Nicodemo. — Campo Grande: Embrapa Gado de Corte. 2001.

 
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