Perder um bovino é lamentável. O prejuízo que causa na propriedade é grande, sem contar no sofrimento que acomete o animal durante a doença, ainda mais quando acontece certa demora no diagnóstico e início do tratamento. Existem algumas doenças que são mais mortais que as outras. Saber quais são elas, ligam o sinal de alerta para a prevenção e mantê-las o mais longe do possível do seu rebanho e evitar ao máximo, a morte em bovinos.
5 doenças que mais causam morte em bovinos
Clostridium
As bactérias do gênero Clostridium que desencadeiam uma série de doenças, entre elas, o botulismo. Se não tratado, pode levar o animal a óbito. Propriedades que não realizam a prevenção estão sujeitas a perderem os animais pela falta de cuidado e atenção.
Conhecida popularmente como “doença da vaca caída”, pela paralisia que promove e impede que o bovino fique de pé, a bactéria que a transmite, Clostridium botulinum, é encontrada no lixo, em pequenos animais mortos, carcaças, entre outros. Geralmente, ocorre quando os bovinos são criados em pastagens deficientes em fósforo ou quando recebem suplementação alimentar inadequada.
Além de uma limpeza adequada, mantenha os animais bem nutridos oferecendo sal mineral nas águas e sal proteinado na seca.
Tristeza parasitária
A tristeza bovina parasitária ou tristezinha parasitária, como é popularmente chamada, quando acomete um animal precisa ser tratada com acompanhamento de um veterinário e uso de medicamentos específicos.
Em segundo lugar, a tristeza parasitária bovina é uma doença infecciosa que impacta diretamente na produção de leite e de carne dos bovinos. A transmissão é feita por um agente muito conhecido: o carrapato. É mais uma enfermidade que esse parasita proporciona ao gado. Por isso é tão importante combater essa praga.
Os custos na produção causados pela Tristeza Parasitária Bovina chegam a mais de R$ 500 milhões por ano, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Ou seja, causa grande prejuízo na propriedade pelas demandas de tratamento.
Enterotoxemia em bovinos
A enterotoxemia em bovinos é uma doença que evolui de forma muito rápida e com alta taxa de mortalidade na pecuária. É outro problema que, assim como o timpanismo, tem origem na alimentação.
A enterotoxemia em bovinos é uma infecção que ataca o intestino. Por não ser um vírus, não é contagiosa e transmissível aos outros animais. Existem dois tipos: Enterotxemia Clostridium perfringens tipo C, e a Enterotoxemia Clostridium perfringens tipo D.
Está relacionada a dietas que não são balanceadas, ainda mais quando têm alto índice de amido. O carboidrato vai direto para o intestino, provocando, dessa forma, uma intoxicação, que quando se manifesta de forma superaguda, causa a morte súbita no animal. A vacina e o controle da alimentação são as principais armas para prevenção.
Raiva
Muito conhecida por acometer animais domésticos, principalmente cães, a raiva bovina está entre as doenças que mais dão prejuízos e, de acordo com a Embrapa, é a mais grave das zoonoses.
Transmitida aos bovinos por morcegos, pode ser prevenida por meio de vacinas e no controle dos animais transmissores da doença.
Acidose ruminal e timpanismo
A acidose ruminal e o timpanismo são mais comuns em animais confinados pelo alto uso de grãos. Uma das formas de prevenção dessas duas doenças é a virginiamicina. Esse aditivo é muito mais que um melhorador de desempenho do gado, aumentando as arrobas ao fazer com que organismo do gado absorva os nutrientes da ração.
A virginiamicina atua diretamente na parte digestiva, como um protetor contra a acidose e o timpanismo. Ou seja, se você é adepto do confinamento, ainda mais com uma dieta baseada em grãos, a virginiamicina precisa realmente fazer parte da sua rotina nutricional para evitar esses tipos de problemas que, quando não diagnosticados precocemente, podem levar os animais à óbito.
Entenda mais:
- Virginiamicina e acidose ruminal em bovinos: qual a relação?;
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Além das doenças, existem outros riscos na propriedade que podem levar à perda de um ou mais animais. Confira quais são eles e como se prevenir:
Referência
Brucelose traz riscos à saúde humana e prejuízos à fazenda. Embrapa.