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Raiva bovina: como prevenir

É muito comum nos depararmos com notícias de cães acometidos pela raiva. Você sabia, amigo produtor, que os bovinos também podem ser contaminados pela doença? Transmitida por morcegos, a raiva bovina pode impactar diretamente sua propriedade.

Nesta dica, a Boi Saúde irá te orientar sobre como evitar o problema e o que fazer quando o gado é atingido.

Primeiro, vamos entender o que é a raiva bovina. O morcego, quando se alimenta de animais contaminados pelo vírus, o repassa para o bovino ao sugar o sangue.

É um outro tipo de raiva daquele que acomete os cães e que pode transmiti-la aos humanos pela mordida.

Para se ter ideia da gravidade da raiva bovina, o Brasil perde por ano, em torno de 50 mil cabeças de gado. É um número bem considerável, não é mesmo?

A seguir, vamos responder algumas dúvidas sobre o tema:

 

Perguntas e respostas sobre raiva bovina 

 

Como saber que meus animais foram atacados por morcegos? Geralmente, os morcegos atacam os bovinos pelo dorso. Quando o produtor se deparar com rastros de sangue nessa região, é importante entrar em estado de alerta. Pode ser um indicativo de que há abrigos de morcegos na região.

Quais são os sintomas de um bovino com raiva bovina? Entre os sintomas mais comuns estão na coordenação motora, o que faz com que o animal se locomova de forma lenta, com dificuldade e fique deitado. Ainda, há possibilidade de paralisia respiratória devido as lesões no sistema nervoso central.

Se perceber que o animal mordido não está com o apetite normal, saliva de forma excessiva e  com fezes escuras e secas, pode ser indicativo de contaminação. Em casos mais graves, o bovino pode até não sobreviver.

O que fazer quando detectar animais que foram mordidos? A primeira atitude do responsável pela propriedade é notificar a Secretaria de Agricultura da cidade ou estado. É comum esses órgãos terem programas de controle focados em morcegos, sem causar danos à espécie.

 

Animal com raiva bovina, o que fazer? 

 

Infelizmente, a raiva bovina é daquelas doenças que não tem cura. É preciso seguir as orientações  dos órgãos reguladores para que a doença não contamine as pessoas envolvidas na operação. O veterinário é o profissional habilitado para orientar sobre a necessidade de sacrificar o animal e também a forma como o descarte da carcaça será feito.

A vacina para raiva bovina é aconselhável? Sim. É a única forma de prevenção. O produtor pode elaborar um calendário sanitário e aplicar a vacina nos bovinos junto a da aftosa. O custo da vacina é muito baixo, quando comparado a possíveis prejuízos.

 

raiva bovina
Trocar as telhas dos galpões é alternativa para prevenir a raiva bovina. – Foto: Pixabay

Adeque sua propriedade para não atrair os morcegos 

 

Como já citamos, os morcegos atacam os bovinos pela falta de alimento natural. Os morcegos podem se abrigar na sua propriedade desde que encontrem condições para isso. Além da vacina, o produtor pode prevenir a presença dos morcegos com simples ações:

  • Fique atento aos galpões: faça vistorias constantes nos locais onde os bovinos passam a noite. Por serem ambientes escuros, os morcegos podem se abrigar ali durante o dia e atacarem durante a noite. A dica de ouro aqui é trocar as telhas para as de material transparente. Dessa forma, com a luz natural do dia, é inviável esses mamíferos voadores se instalarem ali;
  • Além do teto, as portas e janelas do local onde os bovinos são abrigados a noite podem ter telas instaladas. Sabe aquelas que evitam a entrada de mosquitos? Pois é, essas mesmas. São baratas e evitam que os morcegos circulem por ali.

 

Cuide da fauna e da flora da sua propriedade e região 

 

Os morcegos passam a atacar bovinos para se alimentarem devido a falta de outras fontes de alimentação. Por isso, para a sobrevivência, acabam usufruindo do sangue de bois, cavalos e outros animais.

Uma alternativa para manter sua propriedade produtiva em diversos aspectos e ainda preservar a fauna e a flora é a ILPF. A Integração Lavoura Pecuária e Floresta pode ser adotada por propriedades de todos os tamanhos. E os principais benefícios para o pecuarista te contamos agora: a integração promove aumento na arroba e também intensifica a produção no campo.

 

Não descuide do manejo 

 

Essas são algumas dicas focadas no manejo. Por mais que a raiva bovina não tenha cura e seja transmitida por um fator externo, outras podem ser curadas e até mesmo prevenidas diretamente no cocho. Principalmente aquelas que impactam o ganho de peso do animal. Afinal, gado que não come bem, não engorda.

Um dos manejos mais fáceis de ser feito é a suplementação. Oferecer o sal mineral, sal proteinado e a virginiamicina no cocho promove o consumo de sais minerais, vitaminas e nutrientes que não são consumidos e ainda reforça o que é ingerido pelo pasto. Ter um gado saudável de dentro para fora deixa a imunidade em dia.

Para continuar a promover uma alta produtividade no seu rebanho, continue com a gente. Acesse a dica: Virginiamicina e acidose ruminal: qual a relação?.

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A cada semana, novos vídeos sobre pecuária são publicados com informações fáceis de serem aplicadas na sua propriedade.

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Crédito foto de capa: Reprodução/Internet

 
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