Em primeiro lugar, promover uma produtividade alta, além de bem-estar para o gado leiteiro deve ser o princípio de toda propriedade que atua nessa pecuária. Para isso, será que existe um melhor horário para ordenha de leite?
A resposta para essa pergunta você saberá ao longo do texto. Além disso, você terá oportunidade de absorver informações complementares. O foco é aumentar sua produtividade.
Melhor horário para ordenha de leite em vacas
Segundo Comunicado Técnico da Embrapa, cada propriedade pode ter o horário que lhe convém. Isso porque depende muito do manejo animal aplicado.
Acima de tudo, o mais importante é seguir o horário de entrega, recolhimento do leite e também o horário de trabalho das pessoas que atuam na sua lida.
E não esqueça de algo que precisa ser respeitado: o intervalo entre as ordenhas, que deve acontecer a cada 12 horas.
No entanto, caso queira aumentar para três ordenhas por dia, o seu rebanho deve produzir acima de 25 litros de leite por dia. Combinado?
Já que temos um bom intervalo, fazer a ordenha nos horários mais frescos do dia é uma boa pedida.
Inclusive, proteger as vacas do calor intenso faz parte dos princípios do bem-estar animal. Você sabia que em altas temperaturas, a produção de leite pode cair em até 20%?
Para saber o impacto do calor, acesse: Manejo de gado leiteiro: tolerância térmica.
Você sabe conduzir as vacas para a sala de ordenha?
Em segundo lugar, animal estressado não produz direito. Se você é um leitor ou uma leitora frequente do nosso blog, já deve ter lido essa frase por aqui.
Tocar os animais com violência está fora de questão. Ainda mais quando se trata de vacas leiteiras. Quando ações violentas acontecem, o leite não desce. Ou seja, o resultado é a queda na produção.
Ao conduzi-las para a sala, faça a ação com calma. Respeite o ritmo dos animais.
Não esqueça da higiene. Depois disso, alguns passos básicos precisam ser feitos. Um deles é lavar as mãos.
Siga alguns protocolos: Higiene na ordenha de vacas: antes, durante e depois.
Como organizar a ordenha de leite
Em terceiro lugar, tenha uma sala adequada. Não significa que a sua estrutura precisa ser grande. Mas sim, organizada.
Se precisar de uma ajuda sobre como montar a sua, confira as dicas:
- Sala de ordenha: como montar uma simplificada;
- Sala de ordenha espinha de peixe é ideal para minha propriedade?;
Ter uma rotina com dias e horários estabelecidos é o ideal. E não só para ordenha. As vacas são animais de hábito.
Por isso, estabelecer demandas diárias sempre no mesmo horário facilita o manejo.
Além disso, caso a sua propriedade conte com peões, distribuir as tarefas de forma igual e organizada faz parte da administração.
Acima de tudo, manter os funcionários informados sobre as tarefas da lida contribui para o desempenho.
Se você ainda não sabe como prosseguir nesse quesito, confira: Atividades e rotina do trabalhador rural.
Prevenção de infecções e bactérias
Em quarto lugar, além do calor, outro fator que reduz a produção de leite atinge diretamente a saúde do animal. Então, você já suspeita quais são?
As infecções e bactérias causam dor, sofrimento e fazem com que as vacas tenham um desempenho abaixo do esperado.
Entre as doenças mais temidas está a mastite. Essa inflamação atinge diretamente as glândulas mamárias.
Infelizmente, o índice é alto aqui no Brasil. A mastite atinge 30% do nosso gado leiteiro. Alguns estudos indicam que pode afetar até 45% de toda a produção. Temos que concordar que é um número bem significativo.
Algumas sintomas como febre, além de sangue e pus no leite podem indicar a presença da doença.
O tratamento é feito com pomadas na região afetada. Mas sempre consulte seu veterinário de confiança para prescrever o que é melhor para cada caso.
A prevenção pode ser feita no cocho com uma nutrição adequada. Além disso, a limpeza deve ser impecável.
Por ser tão impactante, produzimos um conteúdo com perguntas e respostas sobre a doença: Mastite em vacas de leite: o que é, como prevenir.
Como melhorar a minha produção de leite
Por fim, para chegar até três ordenhas por dia, o foco precisa ser na alimentação. E não queira apenas ter quantidade. A qualidade é fator importante para se ter bom lucro.
A ração precisa ser equilibrada entre volumoso e concentrado. Ou seja, ter ingredientes com bom valor nutricional.
Para melhorar esse manejo, confira uma sugestão de receita: Ração para gado de leite: aprenda como fazer.
Além da ração, o uso de suplementos como sal mineral e sal proteinado mantém uma qualidade adequada. Os nutrientes fornecidos no cocho também têm papel relevante. Reforçam o organismo, deixando-o protegido contra doenças, por exemplo.
Existem também os aditivos. São aliados da saúde digestiva. Portanto, tem impacto direto na engorda. E até na reprodução.
Então são exemplos de aditivos para gado de leite:
A monensina sódica tem como foco a melhoria do nível metabólico. Mas o que isso significa? Facilita o rúmen. Altera a produção de gases. Da mesma forma que protege contra os parasitas.
Já a virginiamicina melhora o desempenho e produtividade. O foco é a engorda. Além da prevenção da acidose ruminal.
Você pode fazer um comparativo entre os dois nesta dica: Diferença entre virginiamicina e monensina sódica
Não pare seus conhecimentos por aqui. Confira mais dicas no nosso canal de vídeos: Boi Saúde no YouTube.
Referência:
ZOOCAL, Rosângela. Cem recomendações para o bom desempenho da atividade leiteira. Comunicado Técnico 39. ISSN 1678-3123 Juiz de Fora, MG Dezembro, 2004.
O. CAMPOS NETO; A.A. RAMOS M.J. ESCOBAR; J.A. DALANESI3; C.H.W. DE BEM. AVALIAÇÃO DA MONENSINA SÓDICA EM VACAS LEITEIRAS. UNESP Botucatu, Sci Agric., Piracicaba, 52(2): 268-273, mai-ago. 1995.
