Alguns produtores quando se dão conta que a seca está chegando sentem arrepio até na espinha. E não é por menos. Passar pelo período sem perder peso, rendimento de carcaça e ainda ter uma engorda considerável é desafiador. Estar atento a alguns fatores como os horários da alimentação para os bovinos na seca é uma boa tática para reduzir os danos e proporcionar um consumo maior daquilo que é oferecido: ração mais suplementos.
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Ração para bovinos na seca
Para avaliar se os bovinos estão consumido o que é oferecido o cocho, é fundamental fazer a leitura dele. Essa atividade não é difícil. Ensinamos na dica: Como medir o escore de cocho?.
Caso o produtor identifique que o consumo está abaixo do esperado, principalmente no período da seca, o foco desta dica, algumas medidas podem ser tomadas:
Horário de abastecimento do cocho
Nosso clima é tropical e mesmo na seca, algumas regiões têm calor e sol forte o ano todo. A indicação é oferecer a alimentação em horários mais amenos como de manhã, antes das 10h e às 16h, no período da tarde. Esses horários também valem para as regiões mais frias. Já que às 10h, a neblina e frio da madrugada já se dissiparam e à tarde, antes do anoitecer, ainda não há sereno e chuvisco, tão típicos do término do dia.
Agora, mais que oferecer quantidade e qualidade adequada, a nutrição precisa estar no cocho em todos os períodos do ano e, principalmente, na seca. Reforçar a nutrição que não é encontrada no pasto devido à ausência de novas forrageiras pela falta de chuvas, garante uma engorda expressiva até mesmo na seca. E não apenas que o sal mineral é suficiente. Aliar mais de um componente no cocho fará seu gado ser diferenciado no mercado na entressafra. Quer saber como? Clique na dica: Por que não usar apenas sal mineral para bovinos na seca?.
Rejeição da ração para bovinos na seca e nutrientes
A rejeição é um outro problema que pode acontecer quando o tema é alimentação na seca para bovinos. Algumas propriedades investem no oferecimento de sal mineral apenas nesse período, o que pode causar estranhamento no sabor aos bovinos. Para que o consumo seja normalizado, é possível fazer uma mistura com fubá ou até mesmo melaço de cana em pó (para evitar abelhas). Com um sabor agradável, os animais farão consumo normalmente até se acostumarem 100% só com a ração mais o sal.
Sobre o pastejo
Sabemos que no período da seca, a falta de pasto acontece. Com a falta de chuvas, fica inviável ter pasto novo. A não ser que o produtor tenha medidas adotadas como irrigação e vedação de pasto. Inclusive, são técnicas bem interessantes e que realmente devem ser pensadas para inserção na propriedade. Elas garantem pasto o ano todo.
Algumas propriedades deixam os bovinos livres no pasto o dia todo. Claro que esse tipo de manejo é viável, mas alguns cuidados precisam ser tomados. Na seca, época de inverno, em regiões muito frias, é necessário não deixar o gado exposto às baixas temperaturas por muito tempo, o que pode ocasionar problemas respiratórios como pneumonia e tuberculose. A dica é ter galpões para abrigar os animais, principalmente na região Sul e Sudeste, onde a temperatura pode ser menos de 10 graus em dias mais frios.
Já no período das águas, fazer o plantio de árvores e até corredores agroflorestais amenizam o calor intenso e a temperatura do organismo dos bovinos. Quando o gado está em estresse térmico, não consome a quantidade de pasto e ração que deveria. E amenizar esse problema, além de garantir bem-estar animal, promove boa produtividade.
Quer amenizar a seca e potencializar sua engorda, acesse a dica: Diferença do sal proteico energético da seca e água.