fbpx

Os 10 piores erros de nutrição do gado de corte

Você acredita que está fazendo tudo certo, mas no momento da pesagem, o peso do gado não corresponde ao esperado. Vários sentimentos aparecem nessa hora: frustração, desânimo, vontade de largar a pecuária. Se o rebanho não apresenta o desempenho esperado, falhas estão acontecendo. E muitas delas, acontecem em um quesito que para muitos pode parecer básico e para outros muito complexo: a nutrição animal. Para que você pare de perder tempo e dinheiro, listamos os 10 piores erros de nutrição do gado de corte que impedem o progresso da sua propriedade!

 

 

Os 10 piores erros de nutrição do gado de corte

 

1 –  Não oferecer nenhuma nutrição animal 

Esse é o principal erro que um produtor rural que cria gado comete. Não oferecer nutrição significa não ter bons resultados para a engorda. Apenas com o pasto é impossível nutrir o animal, a ponto dele ganhar arrobas suficientes para o abate. E não importa o sistema, pasto ou confinamento, a nutrição precisa estar 100% presente na rotina da lida. Ou seja, sem os suplementos, sua propriedade não terá sucesso e o lucro realmente não aparecerá.

2 – Oferecer sal branco comum 

Por mais que seja um passo à frente de quem não oferece nada, o sal branco comum não fornece os nutrientes que o gado precisa. Se você acredita que o sal branco é um aliado da sua pecuária, chegou a hora de mudar esse conceito. O ideal é substituí-lo por sal mineral nas águas e sal proteinado na seca. Essa troca não vai te dar muito trabalho.

Os sais mineral e proteinado são enriquecidos com tudo o que o gado precisa e não encontra no pasto. Os principais nutrientes como cálcio, fósforo, zinco e vitaminas, muitas vezes, não estão disponíveis em quantidades suficientes no pasto, mesmo que sua pastagem seja considerada abundante. Todos esses elementos auxiliam não apenas no ganho de peso, mas mantém a saúde do gado em dia, a partir do fortalecimento do organismo, evitando doenças que causam impacto sanitário e financeiro na propriedade e no bem-estar animal, causando dor e sofrimento.

O melhor é que você mesmo pode preparar esse sal na sua propriedade. Aprenda como fazer, clicando abaixo.

 


banner banner
 

 

3 – Evitar ureia pelo risco de intoxicação

Considerado um dos melhores suplementos, a ureia é uma fonte de nitrogênio barata que auxilia no peso do gado durante a seca. Os benefícios do uso são comprovados cientificamente e a Embrapa recomenda o uso com sal proteinado de tão poderosa que é.

Um dos principais motivos para o não oferecimento da ureia para o gado é o risco de intoxicação. É muito comum encontrarmos depoimentos de amigos produtores que perderam animais pelo consumo de ureia com excesso de água no cocho ou dosagens acima do recomendado. E para não evitar passar por esse prejuízo, acabam não utilizando essa nutrição que é fundamental na seca.

Caso você passe por essa situação, saiba o que fazer: Tratamento de intoxicação por ureia em bovinos. 

Como usar a ureia para gado de forma segura 

  • Utilizar sempre a dosagem recomendada – 49 gramas para cada 100 quilos de peso vivo do animal;
  • Ofereça ureia apenas em cochos cobertos. No fundo, faça pequenos furos para que a água não fique acumulada. Para não perder a ureia, coloque uma rede fina para segurar o suplemento. Dessa forma, aquele sopão que forma no cocho quando chove não será formado. Geralmente, a intoxicação do gado acontece quando os animais consomem essa água com ureia acumulada no cocho;
  • Animais famintos não devem consumir ureia. Após atividades de manejo, coloque-os no pasto e não diretamente no cocho da ureia;
  • Faça a adaptação da dosagem, conforme indicado. Nada de fornecer a quantidade logo de primeira. É preciso acostumar o organismo do gado a se adaptar. Para isso, sirva dosagens menores nos primeiros dias, até o hábito de consumo estar estabelecido. Depois siga com as 49 gramas para cada 100 quilos de peso vivo por animal.

Se você não tem tempo de realizar todas essas orientações ou realmente não quer correr o risco de intoxicação, o indicado é utilizar o Total Ureia Premium. Esse produto é a única ureia do mercado que pode ser consumida mesmo molhada, sem causar problemas aos animais.

 

4 – Ter cochos no tamanho e altura errados

O cocho é o prato do boi. Quando instalado em locais de difícil acesso ou fora do trajeto comum dos animais, o que é oferecido deixa de ser consumido. E nesse caso, temos dois tipos de prejuízos: o gado não consome o que é necessário para a engorda e o não consumo do algo teve investimento financeiro envolvido.

E mais do que localização, o tamanho certo é fundamental para um consumo adequado da nutrição. Um exercício que vamos te propor agora é: todos os seus animais conseguem se alimentar no cocho ao mesmo tempo? E mais que isso, eles alcançam a nutrição oferecida ali confortavelmente? Se você não tem essas respostas na ponta da língua, um dos erros que não faz sua pecuária avançar pode estar aqui.

Mas fique tranquilo que agora mesmo você terá condições de fazer esse ajuste. Confira as medidas ideais:

  • Altura ideal para cochos é de 40 centímetros para bezerros e 70 centímetros para animais adultos;
  • Sobre a largura ideal para cocho de bovinos, a medida é 7 centímetros por cabeça. Para um rebanho com 100 vacas, por exemplo, o cocho deve ter 2,5 metros, com acesso dos dois lados, a partir de recomendação da Embrapa.

 

5 – Não calcular a dosagem indicada

Você não pode simplesmente colocar o sal no cocho, a partir do momento que recebe do fornecedor ou termina a produção na propriedade. Não existe nenhuma mágica depois de abastecer o cocho. É preciso calcular a dosagem certa de cada suplemento oferecido, de acordo com o número de cabeças. Assim, o efeito esperado realmente irá aparecer.

Para cada item, calcule a seguinte dosagem:

  • Sal mineral: para bezerros, consumo de até 80 gramas por dia e para cada bovino adulto deve consumir até 120 gramas de sal mineral por dia;
  • Sal proteinado: para bezerros e bovinos adultos a dosagem de sal proteinado é a mesma, 1g para cada quilo de peso vivo do animal;
  • Ureia: 49 gramas para cada 100 quilos de peso vivo do animal;
  • Virginiamicina: adicionar 0,5 kg do produto em 25 kg de sal mineral.

 

6 – Armazenamento incorreto

A qualidade da sua nutrição depende muito da forma como a armazena. A ração e silagem também merecem esse cuidado. Preste atenção no ambiente onde os sacos são armazenados. O local de estoque desses itens não pode ser qualquer espaço vazio na sua propriedade.

Estar atento à presença de roedores e outras espécies que podem contaminar os produtos armazenados ali é fundamental para manter a sanidade animal do seu rebanho. Nem precisamos comentar sobre a higiene e rotina de limpeza, que são obrigatórias.

Ainda, nunca coloque os produtos e sacas diretamente no chão. Utilize estacas de madeira para evitar contato direto com a umidade.

 

7 –  Deixar de usar virginiamicina

Os produtores que ainda não aderiram o uso da virginiamicina não fazem ideia do que estão perdendo. Em contraponto, quem começa a utilizar, insere esse aditivo melhorador de desempenho como rotina na propriedade. Para se ter ideia do potencial dessa nutrição animal direcionada ao gado de corte, os pecuaristas que atuam com o Boi 777 e com sistema de confinamento.

O poder da virginiamicina é muito grande. Ela melhora a digestão e previne doenças consideráveis no ganho de peso como acidose e timpanismo. Promove a engorda com manejo direto no cocho, sem grande demanda de trabalho.

Se você precisa melhorar o desempenho do seu gado, experimente o uso e comprove os resultados em pouco tempo de uso.

 

8 – Falta de monitoramento do consumo

Se você segue todas as orientações descritas acima e mesmo assim não tem retorno, talvez chegamos a um dos piores erros de nutrição para gado de corte que você possa estar cometendo. Afinal, não basta apenas abastecer o cocho, é preciso monitorar o que é oferecido.

Esse monitoramento não precisa ser feito durante todo o dia, mas passar de vez em quando no cocho de nutrição e checar se o nível está mais baixo, é interessante para saber a aceitação do gado.

Caso seja detectado que os animais não estejam consumindo a nutrição ali oferecida, existem algumas técnicas para melhorar a aceitação. Uma delas é a mistura com fubá ou melaço. Entenda: Mistura de fubá com sal mineral para o gado. 

 

9 – Abastecimento do cocho em horários inadequados

A rejeição do cocho pode acontecer também não apenas devido a palatabilidade, mas também ao calor ou frio extremos.

Basta abastecer o cocho exclusivo para essa nutrição nos horários mais frescos do dia, até as 10h ou depois das 16h, quando a temperatura está mais baixa e o consumo é maior. Esses horários são mais agradáveis e confortáveis para o gado.

10 – Planejamento mal feito ou inexistente

Se você não tem um planejamento ou até mesmo constância no fornecimento da nutrição, independentemente de qual seja, fica realmente difícil sentir os resultados na balança.

Por isso, planejar as compras ou a produção própria em quantidade suficiente faz parte do processo de uma pecuária com o lucro esperado. Esse planejamento pode ser feito em diversos formatos: mensal, trimestral e até anual. Não existe uma melhor forma, mas sim aquela que se encaixa melhor na sua rotina e dentro da estrutura atual da sua propriedade.

Foto da capa: Campo Fácil

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

*