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Alimentação de touros no período da seca

Sem chuva e pasto de boa qualidade, como preparar a sua estação de monta para que os novos animais tenham boa qualidade genética e produtividade? Ter um bom planejamento para a alimentação de touros que faz parte da reprodução, é um bom começo. E é nesta dica que você saberá como se preparar e ter um bom desempenho no próximo período de águas.

Se engana o produtor que os cuidados com os animais destinados aos reprodutores devem ser feitos apenas nas semanas próximas à estação de monta. E esses cuidados são é para garantir apenas uma boa taxa de prenhez, mas garantir que os bezerros que serão produzidos estejam com a qualidade de acordo com a genética que seu plantel espera.

Boa responsabilidade está no cocho. O que você oferece atualmente como alimentação de touros? Será que é adequado para manter a fertilidade e qualidade do sêmen em dia?

Para começar, para ter uma boa melhora genética no seu rebanho, é preciso adquirir touros não só com alta performance reprodutiva. É preciso também verificar a linhagem, cruzamento, entre outros detalhes que terão impacto direto na sua produtividade:Comprar touro reprodutor é investimento para a propriedade.

Quando o animal está com peso abaixo ou acima, pode desenvolver alguns problemas que atuam na fertilidade. E muitos deles estão relacionados à alimentação.

 

Alimentação de touros no período da seca

 

Para começar, amigo produtor, um touro saudável tem condições de cobrir entre 25 e 30 vacas em uma estação de monta. Para isso, a saúde do animal precisa estar em dia. A Embrapa recomenda que seja focada em energia, proteína, minerais e vitaminas.

A dosagem deve ser equilibrada, pois quando a energia, a partir do oferecimento de alimentos energéticos em excesso, existe a possibilidade da redução de esperma, devido ao acúmulo de gordura no saco escrotal, causando desequilíbrio da testosterona, hormônio responsável pela produção. Uma dica é não focar 100% em ração baseada em concentrado. Isso acontece devido ao excesso de peso que também dificulta a cobertura das vacas.

A suplementação mineral, feita com o uso do sal, deve ser feita para equilibrar o órgão reprodutor. Assim, como o sal proteinado, é preciso oferecer na dosagem recomendada. Quando o consumo é menor, pode reduzir a capacidade de locomoção devido a ausência de cálcio. A dosagem do sal mineral deve ser de 60 a 90 gramas por dia, para cada animal. Já o proteinado, deve ficar em 1 grama para cada quilo do animal.

 

alimentação de touros
Alimentação de touros na seca deve ser reforçada com suplementos como preparação para a estação de monta. – Foto: Fazenda São Lourenço MS

Não esqueça da virginiamicina

 

É um aditivo antibiótico que tem uma relação direta com a reprodução. Pode soar estranho, mas iremos te explicar a relação.

A virginiamicina é um aliado na prevenção da acidose ruminal. Esse problema impede que o touro absorva todos os nutrientes necessários não só para a engorda, mas para a manutenção do organismo de forma saudável. Ainda, a acidose causa também a laminite, doença que causa a inflamação dos cascos. Com dor, o animal não se movimenta direito e mais ainda não pratica a monta. Se a laminite é um problema vivido pelos seus bovinos, a dica sobre o tema irá te ajudar: Laminite bovina: inflamação que ataca os cascos.

Com todas essas orientações sua estação de monta terá o sucesso esperado. É adequado planejar a sua reprodução para o período das águas e o nascimento dos bezerros na seca. E as matrizes também recebendo cuidados alimentares específicos também garantem uma boa reprodução na temporada. Confira como aprimorar esse tópico e ter cada vez mais sucesso na sua pecuária: Matriz bovina: a nutrição ideal a partir do escore corporal.

 

Referência: 

Capacidade reprodutiva do touro de corte. Embrapa Gado de corte. Campo Grande, Mato Grosso, 1993

Procedimentos para preparo de touros para comercialização e adaptação aos sistemas produtivos. mpresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Gado de Corte Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. ISSN 1983-974X julho/2018.

 
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