Conhecida pelos nomes populares de pinkeye, lágrima e olho branco, a ceratoconjuntivite bovina é uma doença significativa na pecuária. Isso quer dizer que deve entrar na lista de prevenção.
Nesta dica, vamos explicar o que é a doença, sintomas, tratamento e como prevenir. E ainda, os impactos econômicos na sua propriedade.
A ceratoconjuntivite bovina é apenas uma doença que atinge os bovinos. Sempre indicamos aqui nas nossas dicas que, mais que focar na engorda, os pecuaristas precisam desempenhar um papel importante na prevenção de doenças.
Mais que evitar custos com medicamentos, veterinários, entre outros. Implementar ações que evitem o sofrimento animal ao máximo faz parte de uma boa pecuária.
Com isso, te convidamos para a leitura deste conteúdo. Promover bem-estar animal é um dever de todo pecuarista. Dessa forma, sua produtividade será cada vez mais alta.
O que é a ceratoconjuntivite bovina?
É uma doença infectocontagiosa que afeta a visão dos bovinos. Dependendo da gravidade, pode até deixar o animal cego. Além da perda da vista, causa outros sintomas. Dificuldade no manejo e redução na produção de leite são algumas dela. Segundo a Embrapa, é a doença mais importante quando se trata de saúde dos olhos do gado, mesmo o índice de morte não sendo alto.
Atinge todos os bovinos, porém com mais frequência em vacas na fase de reprodução e bezerros desmamados. Infelizmente, está presente em todos os estados o Brasil.
A transmissão é feita pela bactéria Moraxella Bovis. A superfície da córnea é afetada, causando lesões. A partir daí, desenvolve-se uma inflamação. Em casos avançados, a córnea pode ser rompida e levar o animal à cegueira.
Os primeiros sinais podem deixar o produtor em alerta. Portanto, observe sempre o comportamento do seu gado. Caso os animais apresentem os seguintes sintomas:
- Lacrimejamento – quando há excesso de lágrimas nos olhos;
- Ceratite – acúmulo de resíduos;
- Conjuntivite – vermelhidão e inchaço;
- Córneas opacas ou até mesmo a ruptura delas.
Ao se deparar com alguns desses problemas, consulte o veterinário de confiança. A análise e confirmação da doença, assim como indicação de tratamento serão feitos por esse profissional de forma correta.
Inclusive, caso algum de seus animais apresente esses sintomas, isole-o dos demais. Assim, a contaminação poderá ser evitada, já que o risco de transmissão é alto. A contaminação acontece de animal para animal. Mas, principalmente, por vetores mecânicos, sendo a mosca, o mais importante.
O tratamento existe?
Existe sim, amigo produtor.
O tratamento é feito à base de antimicrobianos. Entretanto, para indicação precisa, a realização de exames laboratoriais entra nas recomendações. Os exames de imagens que apontam a gravidade da lesão também fazem parte do diagnóstico.
Dependendo do estágio de contaminação, é possível recuperar a visão.
E o que sempre indicamos aqui, é melhor prevenir as doenças do que ter o rebanho contaminado por qualquer problema de saúde que seja.
Como o principal vetor é a mosca, insira estratégias de limpeza na lida. Manter a higiene em dia, como não acumular lixo, evitar lama, excesso de fezes, entre outros que atraiam esse inseto são bem-vindas.
Algumas dicas você encontra no link: Como eliminar moscas no curral do gado.
Para mais informações sobre produtividade na pecuária focada em prevenção de doenças, alimentação e suplementação, acesse nosso canal: Boi Saúde no YouTube.
Referência:
CERATOCONJUNTIVITE INFECCIOSA BOVINA. Jornada de conhecimento Tecsa Bovinocultura.
Reconhecimento da ceratoconjuntivite infecciosa bovina utilizando imagens termográcas e redes neurais convolucionais. Revista Brasileira de Computação Aplicada, Novembro, 2019.